A Rede como Interface Educativa
Atividade 5
Equipa PI: Andréa César, Maria Emanuel, Marta Saraiva e Renata Duarte
Comment analysis video Michael Wesch
We are a group of students
attending a masters in Pedagogy of E-Learning (MPL8) at the Open University in
Portugal.
1st.video
We watched the video "Students helping
students”, it clearly shows the solidarity among students of a University
and the way new members are received.
It is meaningful the collaboration that exists among
students of previous years when it is least expected. It is a concrete and
important action to integrate new students and to spread values of solidarity,
collaboration, attention, union, friendship, among others.
A relevant aspect consists in the disclosure of these
actions through Youtube, which is important so that other students in similar
circumstances can do the same.
If we think about what happens in Portugal this makes
us reflect and wonder how things could be different: relations among students
could be more human and solidary.
2nd video
We watched the video "The vision of students
today” and here is our comment: Higher education as it stands
currently is a disappointment for students!
When you give them the opportunity to give their
opinion on higher education, students express their disappointment through
messages, revealing that there is a high number of students per class, the
teachers do not know their names, the teaching is traditional, which goes
against all the perspectives that students have of a University.
Students complain about the high cost of studies, the
fact that they can't learn what they need, (from 50% of required readings only
26% is relevant for life), with high investment in the acquisition of books
that will never be read, and even the fact that at the end of the course you
get a debt for having been to University and have made a loan to do so.
Universities are outdated in relation to technology
and content irrelevant considering the current society.
The alert is there: technology can save
students!
Universities need to use social networks for learning
because students use the Internet in the classroom but frequently in activities
unrelated to the subject. Teachers need training and updates in what new
technologies are concerned. They should learn how to use photos, videos,
animations, online network in their teaching. Today, network help to organize
and share information. Our current culture is definitely related to the use of
technologies, we need to adapt and be ready to lead this whole process of
knowledge construction.
3rd video
We watched the video "The Machine is
(Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticit” and here is our
comment:
The video addresses current issues: people are
increasingly focused on themselves, instead of thinking in civic engagement,
i.e. thinking of others and as a whole. Hope consists in changing individual
actions into collective actions. It is therefore important that we meet in our
relationship with others. The new media create other ways to relate and get to
know each other.
We can use several social networking tools as a
support for communication, meeting people and sharing. Youtube is one of these
tools, but the massive generation of videos does not necessarily bind with
authenticity and transparency in the network, requesting the need for
self-knowledge and new self-awareness.
Our culture strongly express individuality,
independence, marketing, so we need to enhance community relations and
authenticity.
The family has a huge responsibility on all these
issues, because they should educate for values. There is no control or
supervision of on-line actions, on mobile phones, on television and, with this
inaction, we will have a society where there is no anonymity. There is no
respect for social rules, even the adults don’t respect them. We will have a
society where all that counts is having an opinion, showing and commenting, no
matter who you are.
The machine is really using us, we must rethink what
is real, what is fiction, privacy, family, ourselves, educational practice, but
also the way in which we think the social function of education. As it is
already done in some online environments. Let's get personal computers, tablets
and we will teach to discover information, control the search process, and
distinguish the superfluous of the essential and to control the entire process
of knowledge construction.
The hope is that technology
that emerges can change the situation of classrooms, teaching and learning.
Technologies have emerged making changes in our lives, creating new concepts,
modifying our ways of acting, our cultures. We need to rethink the pros and cons
of using the media to serve human purposes.
4th video
We watched the video "The Machine is Us/ing Us
(Final Version)” and here is our comment:
It is extremely pertinent to examine the benefits that
virtual writing represents for communication on the World Wide Web.
The freedom of writing and the great mobility
conferred by hypertext enhances research and access to important information
and it also facilitates the use of web tools. Becoming content generators is
getting increasingly simple.
The web, in fact, is us, and
in that context we have a great responsibility to rethink the way we are
interacting with and feeding this great sea of information.
Greetings
Team Pi
Andréa Cesar
Maria Emanuel Almeida
Marta Saraiva
Renata Duarte
Recensão crítica dos vídeos de Michael Wesch
Sobre Michael Lee Wesch
Michael
Lee Wesch nasceu a 22 de junho de 1975, é professor associado de Antropologia
Cultural da Universidade do Estado de Kansas. O seu trabalho compreende a
ecologia dos média e no âmbito da etnografia digital estuda o efeito dos média
na interação humana.
Wesch
é antropólogo cultural e esteve na Papua Nova Guiné onde investigou sobre
alterações sociais e culturais na Melanésia e estudou os efeitos dos novos
meios de comunicação, especialmente nos média digitais.
No
seguimento deste estudo, Wesch formou um grupo de trabalho em Etnografia
Digital com uma equipa de alunos que explorou a aplicação humana da tecnologia
digital. Com esta equipa Wesch criou um vídeo “Web 2.0 The Machine is Us/ing
Us” que lançou no youtube e rapidamente se tornou o vídeo mais popular na
blogosfera, tendo sido visto mais de 10 milhões de vezes. Devido a este vídeo
foram-lhe atribuídos vários prémios. Conferiram-lhe ainda outros prémios pelo
seu trabalho como professor no âmbito do desenvolvimento de técnicas inovadoras
de ensino.
Atualmente
é coordenador do Projeto de Revisão por Pares de Ensino na Universidade do
Estado de Kansas onde procura novos modos para melhorar e avaliar a
aprendizagem dos alunos.
1º vídeo - Students Helping Students
Neste vídeo os estudantes aproveitam as novas tecnologias como o Youtube,
para divulgar as atividades que fazem no início do ano. Deste modo, ajudam os
colegas que entram pela primeira vez na Universidade a inserirem-se na mesma e
tornar mais fácil a sua inclusão no meio universitário.
Assim, o Youtube é uma ferramenta digital usada com interesse colaborativo
e de divulgação do bem. E a escola é considerada como um local de interação,
onde os estudantes partilham valores como solidariedade e união.
2º vídeo – A vision of students today
Neste
vídeo realça-se a parte negativa do ensino superior. A ponto de dizerem que se
as paredes e as cadeiras pudessem falar… teriam muito para dizer…
Constata-se
as reações dos alunos durante uma aula ao protestarem através de frases
escritas em papel ou em tablets. Esta reação deve-se ao facto das aulas terem
um elevado número de alunos, os professores não saberem os seus nomes e as
mesmas serem lecionadas ainda de acordo com o ensino tradicional o que vai
contra todas as perspetivas que os alunos têm de uma Universidade.
Os
alunos reclamam o custo elevado dos estudos. Não conseguem aprender o que
precisam e no fim do curso ficam com uma divida por terem estado numa
Universidade a estudar e terem pedido um empréstimo para tal. Alguém diz que a
tecnologia pode salvar os estudantes, mas estes não veem isso, apenas uma
maioria a utiliza por necessidade, embora seja cara.
Um
outro ponto importante é a pertinência dos conteúdos abordados, visto que pouco
menos de 50% das leituras solicitadas apenas 26% é relevante para a vida, com
investimento alto na aquisição de livros que nunca serão lidos.
A VISION OF STUDENTS TODAY
A Leitura ao longo de 1 ano...
· 8 livros
·
2.300 páginas
da web
·
1.281 do
facebook
A Escrita ao longo de 1
semestre...
·
42 páginas em
sala de aula
·
500 páginas de
email
|
As
Universidades estão desatualizadas em relação à tecnologia, aos conteúdos
irrelevantes perante a sociedade atual. As Universidades necessitam de utilizar
as redes sociais como um caminho para aprendizagem, pois os alunos utilizam a
Internet em sala de aula, mas não relacionada com o assunto trabalhado pelo
professor. Assim, o uso das tecnologias pelos alunos incentiva os professores a
atualizarem-se para a aplicação das novas tecnologias em sala de aula.
No
final, o vídeo convida-nos a repensar o formato de avaliação, pois a aplicação
de uma simples prova não vai ajudar o aluno a enfrentar a realidade após sair
da universidade, tão pouco os problemas citados ao longo do vídeo.
3º vídeo - The Machine is (Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticity
Neste
vídeo o autor Michael Wesch começa relatando que na década de 80 Neil Postman
divulgou a ideia da ecologia dos média sociais que são ambientes e não apenas
ferramentas, nem somente comunicação, visto que são mediadores das nossas
conversas. E quando há modificaçãoes nos média, as nossas conversas alteram-se.
Marshall
Mchulan (citado no vídeo) costuma dizer que nós moldamos nossas ferramentas, e,
posteriormente elas nos moldam.
Na
televisão, as informações são produzidas por poucos e projetadas para as
massas; transmitindo assim uma cultura, nem sempre comprometida com valores
éticos, por exemplo os desenhos Simpsons e South Park, apresentados no
vídeo. Deste modo, o público ajusta a incoerência e se diverte na indiferença
em relação aos acontecimentos do mundo.
Em
2009 a sala de aula, era constituída por classes cheias de alunos. A esperança
consiste em que a tecnologia que surge, possa mudar a situação das salas de
aula, do ensino e da aprendizagem.
Vive-se
um anonimato na cidade, as pessoas sentem-se apenas mais um, em um milhão.
Perdidas, insignificantes, totalmente substituíveis, cada vez mais
isoladas, ligadas apenas por estradas e pela televisão, através da qual as
pessoas podem aparecer de forma significativa.
O
que estamos encontrando é um pânico, uma tentativa quase histérica de escapar
do anonimato mortal da vida moderna ... e a causa principal não é vaidade ...
mas o desejo de pessoas que sentem que sua personalidade vai afundando mais e
mais para o turbilhão de átomos indistinguíveis, o que consiste em estar
perdido em numa civilização de massas. American Idol Auditions. Henry CamBoy.
(1926)
Na
década de 90, registou-se uma grande expansão da televisão por cabo com o
aparecimento do fenómeno MTV. Tudo o que se passava na TV era repercutido e
copiado pelas pessoas, passando mesmo a utilizar o M de MTV antes do próprio
nome e de outras palavras.
Na
geração dos média os conteúdos são produzidos pelas pessoas mais criativas do
planeta, usando de bilhões de dólares.
O
narcisismo que vemos nesta geração dá-se pelo facto do eu ser a pessoa mais
importante, em detrimento do outro.
Quanto
às características da geração MTV, o autor apresenta:
O
filósofo Charles Taylor, no seu livro “a ética da autenticidade”, citado por
Wesch, relata o que parece ser o narcisismo, é na verdade, a busca da
identidade e do reconhecimento numa sociedade em que isso não se verifica. As
pessoas precisam criar o seu próprio eu.
As
pessoas estão cada vez mais focadas em si mesmas, em vez de pensar no
engajamento cívico, ou seja pensar no outro e no todo.
A
esperança consiste na transformação de ações individuais para ações coletivas.
Por isso é importante que nós nos conheçamos nas nossas relações com os outros.
Assim, novos meios de comunicação criam novas maneiras de se relacionar com os
outros e de nos conhecermos .
O
Youtube é uma ferramenta muito acessada, até um milhão de vídeos estão
disponíveis on-line, e mais de 20.000 vídeos são enviados por dia para o
Youtube.
A
câmera cria em um primeiro momento, surpresa e curiosidade diante da
possiblidade de uma conversa face-a-face, a qual a pessoa pode apresentar uma
versão de si mesmo.
Todos
nós temos muitas versões diferentes de nós mesmos, que trazemos em diferentes
contextos. Quando estamos diante de uma câmera, imaginamos as possibilidades de
1,4 bilhões de pessoas no planeta estarem a ver-nos, mas não sabem quem
realmente somos, nem em que contexto estamos inseridos.
A
geração massiva de vídeos no Youtube, não têm, necessariamente, vinculação com
a autenticidade e a transparência na rede, solicitando a necessidade de um
autoconhecimento e uma nova autoconsciência.
Nós
mesmos apresentamo-nos no Youtube e começamos a reconhecer que as pessoas
diante das câmeras criam uma nova identidade e uma máscara, podendo
enxergarem-se mais tarde como uma pessoa diferente.
Segundo
Marshall Mchuhan vivemos no mundo do replay instantâneo. Em todo o planeta,
todos os eventos não são apenas gravados, mas repetidos. O mais interessante do
replay é que ele oferece os meios de reconhecimento.
As
pessoas ficam profundamente auto reflexivas no Youtube, o qual se transforma
num confessionário.
Tudo
isso causa vários efeitos, sendo um deles a
animosidade verificada nas relações virtuais, originada pelo anonimato, a
distância física e o diálogo raro e efêmero, que culminam na execução pública
do ódio e da intolerância. O aspeto positivo desses fatores é que eles
propiciam a liberdade de experimentar a humanidade sem medo, sem ansiedade
pessoal nem social.
No
contexto de nossa cultura expressamos fortemente o individualismo, a
independência, a comercialização, por isso precisamos de valorizar as relações
comunitárias e a autenticidade.
O Youtube
e os outros meios de comunicação social podem oferecer formas de atenuar os
aspetos referidos anteriormente, podendo-se criar uma situação de conexão sem
restrição. São comunidades onde as pessoas se conectam, revelando partes de si
mesmas que se recusam a revelar para sua família ou amigos mais próximos.
A
máquina está realmente a usarmo-nos, teremos de repensar o que é real, o que é
fictício, a privacidade, a família, nós próprios, a prática educativa, mas
também o modo como pensamos a função social da educação. Provavelmente
teremos de virar as salas ao contrário!!! Tal como estamos a fazer nesta nossa
formação moderna de auto-formação. Sem que isso signifique abandonar a escola
na sua essência. Vamos levar os computadores pessoais, os tabletes e vamos
ensinar a descobrir a informação, a controlar o processo de busca, a
distinguir o supérfluo do essencial e a controlar todo o processo de construção
do conhecimento.
A
família tem uma enorme responsabilidade sobre todas estas questões, pois estão
a demitir-se de educar para os valores. Não há controlo, nem supervisão das
ações on-line, nos telemóveis, na televisão e, com esta inação, teremos
uma sociedade, em que tudo vale para sair do anonimato. Não importa respeitar
regras sociais porque nem os adultos as respeitam. Teremos uma sociedade, onde
o que apenas conta é ter opinião, alguém a visualizar e comentar, seja quem
for.
A
web liga pessoas a informações e informações a pessoas.
A
rede é um turbilhão de informações, de explosão de identidades que
anteriormente eram limitadas, mas como na realidade ninguém as vê, já se podem
exprimir… E como todos o fazem, não há penalização social, apenas visualizações
e reconhecimento na rede…
Nós
professores temos um papel estratégico na inversão deste processo, pois a curto
prazo teremos consequências graves na sociedade do conhecimento.
Precisamos
pensar nas vantagens e desvantagens da utilização dos média para servir os
propósitos humanos.
4º vídeo -The Machine is Us/ing Us (Final Version)
Wesch
neste vídeo apresenta um pouco a evolução da escrita desde a grafia usual com
lápis e até à digital e informática com todas as suas vantagens.
Inúmeras
ferramentas podem ser usadas por qualquer pessoa que tenha acesso a web e seus
infinitos hipertextos.
Pode-se
constatar quanto o ser humano se está a tornar cada vez mais uma máquina, pois
adere com a maior das facilidades às novas tecnologias que o ajudam a colaborar
entre si e outros elementos de grupos.
Ao
mesmo tempo surge uma dificuldade verificando-se que estas tecnologias não só
nos podem aproximar uns dos outros, como também tornar-nos mais solitários e
isolados.
Apreciação crítica global
Como
é ser um estudante na sociedade atual? Os alunos aprendem o que lhes é
transmitido? O que estão aprendendo sentados em filas na sala de aula? Paredes
e mesas não podem conversar, mas os estudantes podem. Estas são algumas
questões que os vídeos abordam em relação à educação neste século.
O
que se tem trabalhado nas salas de aula está gerando aprendizagem? Os alunos
ficam mais tempo online, do que estudando conteúdos que os professores lhes
transmitem, às vezes numa aula monótona e sem criatividade. Passam as aulas
acessando assuntos que não fazem parte delas, enquanto poderiam estar
interligados com o professor através das tecnologias.
Qual
o papel da tecnologia na educação? Estamos utilizando-a de maneira correta e
eficiente na sala de aula? Os professores precisam de se formarem e de se
atualizarem relativamente às novas tecnologias. Aprender a utilizar fotos,
vídeos, animações e outras ferramentas multimedia no seu ensino.
A rede nos propicia conexão, organização, partilha e aprendizagem. A
aplicação das tecnologias tem sido usada de forma massiva na nossa cultura, por
isso temos que nos adaptar e nos preparar para lidar com as informações e o
conhecimento que está sempre a mudar.
Através da Web postamos não apenas textos, mas ligamos pessoas,
compartilhamos ideias, informações, colaboramos uns com os outros. Assim,
devemos pensar e repensar o que partilhamos na rede, criando uma cultura de
responsabilização individual.
Temos o desafio de tornar a escola uma comunidade, contribuindo para a
formação de seres humanos críticos e solídários, utilizando todos os recursos
disponíveis para tal empreitada, sejam eles virtuais ou não.
Referências Bibliográficas
Wesch, Mike.
Wikipedia Retirado em 22/1/2015 de http://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Wesch
Wesch, Mike.
(2007, 12 de outubro). Avision of students today. Retirado
em https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421914688&x-yt-cl=84503534&v=dGCJ46vyR9o.
Wesch, Mike.(2007, 8 de março) The Machine is Us/ing Us (Final Version). Retirado
em https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421914688&v=NLlGopyXT_g&x-yt-cl=84503534.
Wesch, Mike.(2009, 16 de julho). The Machine is (Changing) Us: YouTube and
the Politics of Authenticity. Retirado em https://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=84503534&v=09gR6VPVrpw&x-yt-ts=1421914688.
Wesch,
Mike.(2010, 8 de fevereiro ). Students Helping Students. Retirado em https://www.youtube.com/watch?v=_npqbMKzHl8&x-yt-ts=1421914688&x-yt-cl=84503534#t=12.
Equipa Pi: Andréa Cesar, Maria Emanuel Almeida, Marta Saraiva, Renata Duarte